sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Encante-se pelas riquezas Alentejanas




Artesanato

Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, a maior parte da cortiça que produz vem dos sobreiros e azinheiras do Alentejo, assim se justifica a grande ligação entre a cortiça e o artesanato alentejano. É em cortiça que se fazem as figuras que representam o antigamente dos trabalhos do campo, como os tarros que transportavam a comida ou os “cochos”.
Actualmente já se fazem todo o tipo de peças em cortiça, produzidos em série e não por artesãos, mas apesar disso continuam a representar o património alentejano.

O mobiliário alentejano é um tipo de mobiliário com características populares e regionais, que se enquadra no artesanato tradicional e envolve três actividades: a carpintaria, o empalhamento e a pintura.
Os móveis típicos alentejanos são pintados com tinta de esmalte e têm fundos brancos, azuis, verdes ou vermelhos e são decorados com pinturas de flores e laços coloridos, destacam-se as camas, secretarias, as cadeiras com assento em buinho (palha), os guarda-fatos, arcas, entre outros.
Os Tapetes de Arraiolos, característicos da vila de arraiolos, na região do Alentejo,  são a prova da existência de produtos tradicionais portugueses de qualidade bordados à mão. São tapetes bordados em lã, cujo seu ponto de costura tem o mesmo nome e é feito sobre uma tela de juta, algodão ou linho. Em comparação com diferentes espécies de tapetes, como os tapetes persa e turco, os tapetes de Arraiolos, denotam algumas semelhanças, apesar de existirem evidentes divergências na execução. Os tapetes de Arraiolos são bordados recorrendo ao ponto cruzado oblíquo (o ponto de Arraiolos) sobre uma base consistente de tecido base forte, o que consegue dar à tapeçaria a resistência e solidez, sendo que este bordado é executado, geralmente, em três fases que são: bordar a armação, fazer a matização, preencher os fundos.
Apesar de ser um produto tipicamente alentejano, hoje em dia são produzidos um pouco por todo país.


Monumentos

O templo romano de Évora, erroneamente conhecido como Templo de Diana, está localizado bem no centro da cidade de Évora e é um dos maiores e mais bem preservados templos romanos de toda a Península Ibérica, tendo sido considerado Património Mundial pela UNESCO em 1986 e encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo IGESPAR. É um dos mais famosos marcos da cidade e um símbolo da presença romana em território português.
Com o passar dos séculos, o Templo foi sofrendo várias destruições e alterações na sua utilização original, tendo chegado a servir de casa-forte ao castelo da cidade e até  como matadouro.
Já no século XIX sofreu uma grande restauração, que tinha o objectivo de devolver-lhe o traçado original. Apesar de todas alterações que foi sofrendo, o Templo consegue manter a sua planta original.




Gastronomia

Uma das características principais da doçaria alentejana é a enorme presença das gemas de ovo e isso pode ter uma explicação. Diz a história, que os produtores de vinho da região clareavam o vinho através da utilização de claras de ovo, não se sabendo ao certo qual seria o processo utilizado. O que parece certo é que as gemas que sobravam, eram oferecidas aos conventos e posto isto surgiram as receitas conventuais, repletas de ovos, com o é o caso da encharcada e a sericaia.
Não existem certezas sobre origem da sericaia, alguns afirmam que a sua proveniência seja da Índia, outros que seja do Brasil.
Diz-se que a receita começou a ser confeccionada em dois conventos alentejanos e ambos reclamam a receita original, o Convento das Chagas de Vila Viçosa e o Convento das Clarissas de Elvas, sendo que um deles lhe chama de Sericaia e o outro de Sericá.  À textura fofa do doce confeccionado com ovos, açúcar, leite, farinha, canela e limão, se junta as famosas ameixas de Elvas e o seu molho.

O consumo de carne de porco no Alentejo começou bastante tarde e só se intensificou com conversão forçada das populações não-cristãs em 1495. Contudo hoje em dia, é um dos elementos mais comuns e presente em mais receitas.
Um desses casos são as migas à alentejana, que à semelhança de outras receitas alentejanas, o pão é um dos ingredientes principais a par da carne de porco.





Vinhos

A plantação de vinha nesta região remonta à ocupação romana. Os terrenos de características essencialmente planas pautado por alguns acidentes de relevo, influenciam de forma marcante a qualidade do solo. Com um clima maioritariamente mediterrânico, as temperaturas médias do ano variam de 15 a 17,5º, observando-se a existência de grandes amplitudes térmicas e Verões quentes e secos, no entanto, é nas elevações que se originam os microclimas propícios à plantação de vinha e que dão qualidade às massas vínicas.
A região vinícola alentejana está dividida em oito sub-regiões, são elas Reguengos, Borba, Redondo, Vidigueira, Évora, Granja-Amareleja, Portalegre e Moura.
Os vinhos branco alentejanos são usualmente suaves, um pouco ácidos e apresentam aromas a frutos tropicais. Os tintos são encorpados e com aromas a frutos silvestres e vermelhos.    
Com o objectivo de controlar a produção vinícola, nos anos 50, foi criada a primeira adega cooperativa da região. Mas só nos anos 80 é que o Alentejo teve a sua grande revolução vitivinícola, fazendo com que em 1988 se justificasse a demarcação oficial da região.




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