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quinta-feira, 26 de março de 2015

Algumas curiosidades sobre a chegada da família real portuguesa ao Brasil – Parte II


Quando os Brasileiros souberam da notícia do desembarque da família real portuguesa, iniciaram uma festa que só terminou do dia seguinte. Naquela noite ninguém dormiu. As festas da chegada da família real portuguesa foram prolongadas durante 9 dias e 9 noites.

Durante os 54 dias de viagem até ao Brasil, a nau de Afonso de Albuquerque, além de sofrer com a falta de alimentos e de água, passou por um surto de piolhos. Todas as perucas dos nobres foram lançadas ao mar, e todos os tripulantes desta nau, inclusive Carlota Joaquina, tiveram de rapar e untar as suas cabeças com banha de porco.

Quando as mulheres portuguesas chegaram ao Brasil com as suas cabeças rapadas, usando turbantes, as brasileiras pensaram que era a última moda na Europa e, então, raparam, também, as suas cabeças.
Com medo de encarar um povo desconhecido e, como a nau ainda não havia chegado ao Rio de Janeiro, os tripulantes da nau Princesa do Brasil (entre eles as duas irmãs da rainha D. Maria I, já muito velhas) não desembarcaram e permaneceram no navio durante 30 dias à espera de D. João.

Quando a família real chegou ao Rio de Janeiro não encontrou número suficiente de alojamentos disponíveis para abrigar as 15 mil pessoas que vieram de Portugal. O príncipe regente decretou, então, que as melhores casas da cidade fossem cedidas àqueles que não possuíam casa ainda. A casa que fosse solicitada seria carimbada na porta com as iniciais PR (Príncipe Regente), mas que pelo povo ficaram conhecidas como “ponha-se na rua”.

A Real Biblioteca portuguesa, antes da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, possuía um incrível acervo com cerca de 60.000 volumes. Era vinte vezes maior do que o da Biblioteca Thomas Jefferson em Washington que é, hoje, a maior biblioteca do mundo.


Contudo, todo este acervo foi esquecido no porto de Lisboa, no momento da “fuga” para o Brasil, mas parte deste, dois anos depois, seria enviada para o Rio de Janeiro.

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quinta-feira, 19 de março de 2015

Algumas curiosidades sobre a chegada da família real portuguesa ao Brasil – Parte I


A chegada da família real portuguesa ao Brasil tem um sem fim de histórias. Deixamos mais algumas curiosidades.
  • Chegaram a Salvador depois de 54 dias no mar;
  • Trouxeram de Portugal louças, pratarias, móveis, obras de arte e até duas pequenas carruagens;
  • D. João criou três ministérios: o da Guerra e Estrangeiros, o da Marinha e o da Fazenda Interior. Instalou, também, serviços auxiliares e indispensáveis ao funcionamento do governo, entre os quais, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Junta Geral do Comércio e a Casa da Suplicação (Supremo Tribunal);
  • D. João criou o Jardim da Aclimação, atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro;
  • Criaram a Escola Médica Cirúrgica de Salvador;
  • Construíram estradas e os portos foram melhorados;
  • Introduziram no país novas espécies vegetais, como o chá;
  • Promoveram a vinda de colonos europeus;
  • A produção agrícola voltou a crescer. O açúcar e o algodão passaram a ser primeiro e segundo lugar nas exportações, no início do séc. XIX;
  • Deram medidas de incentivo à cultura.
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Rota Museus e Palácios de Portugal

O nosso convite de hoje é que faça connosco uma rota pelos museus e palácios de Portugal. No nosso tour está incluída passagem pelo Museu Nacional do Azulejo, pelo Museu dos Coches, pelo Palácio Nacional da Ajuda e pelo Palácio Nacional de Queluz.


Museu Nacional do Azulejo
Este é um dos museus mais importantes do país, pela sua coleção singular de azulejos - a expressão artística diferenciadora da cultura portuguesa. Torna-se também relevante devido ao edifício impar em que se encontra instalado: o antigo Mosteiro da Madre de Deus, fundado em 1509, pela Rainha D. Leonor.

Criado museu em 1980, alberga os mais significativos exemplares da azulejaria portuguesa, desde o século XV até aos nossos dias. No vasto acervo, destaca-se o painel de azulejos exposto no claustro que representa uma panorâmica de Lisboa antes do terramoto de 1755.


Museu dos Coches
O Museu dos Coches foi criado por iniciativa da Rainha D. Amélia de Orleãns e Bragança e inaugurado no dia 23 de Maio de 1905. É D. Amélia quem toma consciência do grande valor patrimonial das viaturas de gala da Casa real, pelo que propõe reuni-lo, salvaguardá-lo e apresentá-lo ao público, à semelhança do que acontecera em Paris, em 1900.

É o museu mais antigo de Portugal e está instalado no edifício do antigo Picadeiro Real do Palácio de Belém. Alberga a melhor coleção de viaturas cerimoniais de tração animal dos séculos XVII a XIX, incluindo coches, carruagens, cadeirinhas, carrinhos de passeio, carrinhos de criança, entre outros.


Palácio Nacional da Ajuda
O Real Paço de Nossa Senhora da Ajuda foi mandado erguer por D. José I (1714-1777), no alto da colina da Ajuda. Este edifício, construído em madeira para resistir a abalos sísmicos, ficou conhecido por Paço de Madeira ou Real Barraca. Substituía, assim, o sumptuoso Paço da Ribeira que fora destruído no Terramoto que arrasou Lisboa, em Novembro de 1755.

No entanto, a fuga da família real para o Brasil, entre 1802 e 1820, foi decisiva para a descontinuidade das obras. Ainda assim, é a maior residência real de Lisboa. Em 1862, o Palácio passa a ser a residência oficial do monarca D. Luís e da sua mulher D. Maria de Sabóia.

No seu interior são de ressalvar o Jardim de Inverno, a Sala de Banquetes e a Sala do Trono, que ainda é utilizada para cerimónias oficiais do Presidente da República.


Palácio Nacional de Queluz
O Palácio Nacional de Queluz é um palácio do século XVIII localizado na cidade de Queluz no concelho de Sintra. Um dos últimos grandes edifícios em estilo rococó erguidos na Europa, o palácio foi construído como um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, que viria a ser mais tarde marido e rei consorte de sua sobrinha, a rainha D. Maria I de Portugal.

Os seus jardins históricos constituem um dos exemplos mais extraordinários da ligação harmoniosa entre paisagem e arquitetura palaciana em Portugal. A Família Real habitou-o em permanência de 1795 até à partida para o Brasil, em 1807, na sequência das invasões francesas.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Carlota Joaquina: a princesa espanhola que foi rainha do Brasil

Carlota Joaquina era filha do rei de Espanha, Carlos IV, com D. Maria Luísa de Bourbon. Nasceu em Abril de 1775, em Aranjuez. Aos 10 anos foi obrigada a contrair matrimónio, por via da procuração, com o príncipe português D. João, filho de D. Maria I. D. João tornou-se príncipe regente após a morte do seu irmão mais velho e depois de declarada insanidade a sua mãe.


Carlota Joaquina era uma mulher feia, de personalidade forte, que tentava constantemente impor as suas vontades. Interesseira tentou de imediato mandar no seu marido. No entanto, D. João não cedeu aos seus desmandos, o que afastou o casal. Quando D. Maria I adoece, com problemas de demência, D. João passa a viver no Palácio de Mafra, ao seu lado, enquanto Carlota Joaquina permanece no Palácio de Queluz, juntamente com a família real. A princesa deu à luz nove filhos, entre eles Pedro de Bragança, que viria a ser o futuro rei do Brasil.

Chegou ao Brasil contra a sua vontade e optou por viver sempre distante do marido, em localidades mais campestres, como Botafogo, por exemplo. Eram vistos juntos apenas em eventos públicos. O seu humor variava muito. Caso fosse péssimo, era capaz de mandar castigar quem não se ajoelhasse quando ela passasse com a comitiva.


Como não podia colocar a autoridade de D. Carlota em risco, D. João procurava mantê-la vigiada por agentes secretos, que contratava para seguir todos os seus passos. Mas Carlota Joaquina era demasiado esperta e encontrava sempre forma de comprar um deles para que a mantivessem informada do que se passava no Palácio Real e na Quinta da Boa Vista. Francisco Gomes da Silva, conhecido por Chalaça, era um dos espiões, que ficou conhecido por trabalhar para os dois, simultaneamente. Entre as várias informações que chegavam ao príncipe estavam incluídas os vários amantes da sua mulher e as tramas que articulava contra o príncipe, no intuito de lhe tirar o poder das mãos. Em 1816, após o falecimento de D. Maria I, Carlota Joaquina é declarada Rainha

Quanto regressa a Portugal, após a Revolta do Porto, torna pública e notória a sua insatisfação com o regime constitucional que impera, o que implica a invalidação do seu título honorífico português. Isolada da Quinta do Ramalhão, arquiteta várias formas para retomar ao absolutismo. Depois do falecimento de D. João VI, tentou convencer o filho D. Miguel a apoderar-se da coroa, mas em vão. Esta pertencia, por direito, a D. Pedro I, que a reivindicaria. D. Carlota Joaquina morre no Palácio de Queluz, em 1830.

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