Artesanato
Portugal é o maior produtor mundial de cortiça,
a maior parte da cortiça que produz vem dos sobreiros e azinheiras do Alentejo, assim se justifica a grande ligação entre a cortiça e o artesanato alentejano. É em cortiça que se fazem as figuras que representam o antigamente
dos trabalhos do campo, como os tarros que transportavam a comida ou os “cochos”.
Actualmente já se fazem todo o tipo de peças em cortiça, produzidos em série e não por artesãos, mas apesar disso continuam a representar
o património alentejano.
O mobiliário alentejano é um tipo de
mobiliário com características populares e regionais, que se enquadra no
artesanato tradicional e envolve três actividades: a carpintaria, o empalhamento
e a pintura.
Os móveis típicos alentejanos são pintados com
tinta de esmalte e têm fundos brancos, azuis, verdes ou vermelhos e são
decorados com pinturas de flores e laços coloridos, destacam-se as camas, secretarias, as cadeiras com assento em
buinho (palha), os guarda-fatos, arcas, entre outros.
Os Tapetes de Arraiolos, característicos da vila de arraiolos, na região do Alentejo,
são a prova da existência de produtos tradicionais
portugueses de qualidade bordados à
mão. São tapetes bordados em lã, cujo seu ponto de costura tem o mesmo nome e é feito sobre uma tela
de juta, algodão ou linho. Em
comparação com diferentes espécies de tapetes, como os tapetes persa e turco, os
tapetes de Arraiolos, denotam algumas semelhanças, apesar de existirem evidentes
divergências na execução. Os tapetes de Arraiolos são bordados recorrendo ao ponto cruzado oblíquo (o ponto de Arraiolos)
sobre uma base consistente de tecido base forte, o que consegue dar
à tapeçaria a resistência e solidez, sendo que este bordado é executado, geralmente, em três fases que são: bordar a
armação, fazer a matização, preencher os fundos.
Apesar
de ser um produto tipicamente alentejano, hoje em dia são produzidos um pouco
por todo país.
Monumentos
O templo romano de Évora, erroneamente conhecido como Templo de Diana, está localizado bem no centro da cidade de Évora e é um dos maiores e mais
bem preservados templos romanos de toda a Península Ibérica, tendo sido
considerado Património Mundial pela UNESCO em 1986 e encontra-se
classificado como Monumento
Nacional pelo IGESPAR. É um dos mais famosos
marcos da cidade e um símbolo da presença romana em território português.
Com o
passar dos séculos, o Templo foi sofrendo várias destruições e alterações na
sua utilização original, tendo chegado a servir de casa-forte ao castelo da
cidade e até como matadouro.
Já no século XIX sofreu uma grande restauração, que tinha
o objectivo de devolver-lhe o traçado original. Apesar de todas alterações que
foi sofrendo, o Templo consegue manter a sua planta original.
Gastronomia
Uma das características principais da doçaria alentejana é a
enorme presença das gemas de ovo e isso pode ter uma explicação. Diz a história,
que os produtores de vinho da região clareavam o vinho através da utilização de
claras de ovo, não se sabendo ao certo qual seria o processo utilizado. O que
parece certo é que as gemas que sobravam, eram oferecidas aos conventos e posto
isto surgiram as receitas conventuais, repletas de ovos, com o é o caso da
encharcada e a sericaia.
Não existem certezas sobre origem da sericaia, alguns afirmam que a sua proveniência
seja da Índia, outros que seja do Brasil.
Diz-se que a receita começou a ser confeccionada em dois conventos
alentejanos e ambos reclamam a receita original, o Convento das Chagas de Vila Viçosa e o Convento das Clarissas de Elvas,
sendo que um deles lhe chama de Sericaia e
o outro de Sericá. À
textura fofa do doce confeccionado com ovos, açúcar, leite, farinha, canela e
limão, se junta as famosas ameixas de Elvas e o seu molho.
O consumo de carne de porco no Alentejo começou bastante tarde e só se intensificou com conversão forçada das populações não-cristãs em 1495.
Contudo hoje em dia, é um dos elementos mais comuns e presente em mais
receitas.
Um desses
casos são as migas à alentejana, que à semelhança de outras receitas
alentejanas, o pão é um dos ingredientes principais a par da carne de porco.
Vinhos
A plantação de vinha nesta região remonta à ocupação romana. Os terrenos de características essencialmente planas pautado por alguns acidentes
de relevo, influenciam de forma marcante a qualidade do solo. Com um clima maioritariamente
mediterrânico, as temperaturas médias do ano variam de 15 a 17,5º,
observando-se a existência de grandes amplitudes térmicas e Verões quentes e
secos, no entanto, é nas elevações que se originam os microclimas propícios à
plantação de vinha e que dão qualidade às massas vínicas.
A região vinícola alentejana
está dividida em oito sub-regiões, são elas Reguengos, Borba, Redondo,
Vidigueira, Évora, Granja-Amareleja, Portalegre e Moura.
Os vinhos branco alentejanos são usualmente suaves, um pouco
ácidos e apresentam aromas a frutos tropicais. Os tintos são encorpados e com
aromas a frutos silvestres e vermelhos.
Com o objectivo de controlar a produção vinícola, nos anos 50, foi criada a primeira
adega cooperativa da região. Mas só nos anos 80 é que o Alentejo teve a sua grande
revolução vitivinícola, fazendo com que em 1988 se justificasse a demarcação
oficial da região.
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