As águas calmas do Tejo vão embalar uma viagem diferente pela capital. O roteiro que hoje lhe propomos mostra-nos cidade de um ponto de vista diferente, ao velejarmos pelo rio temos a oportunidade de ver alguns dos maiores pontos de interesse da cidade. Para lhe aguçar o apetite, vamos contar-lhe um bocadinho da história de cada espaço.
Começamos pelo
Terreiro do Paço, uma das maiores praças da Europa bem no centro de Lisboa, é considerada o "centro oficial da
capital e do governo do país". Já no século
XVI era um importante centro da vida social da capital, com festas da corte e
via a chegada de mercadorias finas vindas do oriente.
Como aconteceu
com muitos monumentos de Lisboa, e não só, a praça foi destruída pelo terramoto
de 1755. Mas com aquilo que sobrou do espaço, o Marques de Pombal
decidiu fazer uma renovada praça que marcasse uma nova fase da cidade. Surgiu
assim a Praça do Comércio, vestida com os seus grandiosos prédios amarelos e o
Arco Triunfal da Rua Augusta. Mesmo no centro da praça, foi colocada uma estátua de homenagem
ao rei D. José I. A nova praça só viria a ficar
pronta em 1806 e 2 anos depois com a fuga da corte para o Brasil, viu perder a
importância de outrora, tendo mesmo nos anos 80 servido de parque de estacionamento.
Depois da grande revitalização feita na cidade com a Expo 98, a praça voltou a
ter importância de outros dias.
Seguimos viagem até um dos
ex-libris da cidade, o Padrão dos Descobrimentos.
Mandado fazer pelo regime de Salazar, inicialmente, como uma estrutura temporária para a
Exposição do Mundo Português de 1940, tem actualmente 56m de altura. A estrutura tem a
forma de proa de uma caravela ornamentada com o escudo de Portugal e a espada
da Casa Real de Avis sobre a entrada, para além disso, 32 figuras dos heróis dos
descobrimentos dos séculos XV e XVI estão esculpidos nas laterais e a sua
figura central é Infante D.Henrique.
O nosso passeio pelo Tejo
leva-nos até a emblemática Torre de Belém. Localizada na freguesia de Belém, na
margem direita do rio, onde existiu em tempos uma praia. Mandada edificar pelo
rei D.Manuel I no ano de 1515, tornou-se um dos símbolos mais importantes do
estilo manuelino - uma junção entre o gótico, que predominava no século XVI, e símbolos
nacionais, referências náuticas e animais exóticos.
A estrutura da torre é
composta essencialmente por duas partes, a torre, de características medievais,
mais estreita e com quatro salas abobadadas, e o baluarte, de características
modernas, mais largo e com a sua casamata onde se dispunha a artilharia.
A sua função principal de
defesa foi esquecia, principalmente a partir da ocupação filipina, passando a
servir de masmorra, tendo já em tempos passados servido como de controlo aduaneiro, farol e de
telégrafo.
Em 1983 foi-lhe devolvida a
sua importância, quando foi considerada “Património Cultural da Humanidade”
pela UNESCO.
Em maio de 2006 nasceu o
extinto museu da electricidade, pertencente à Fundação EDP, encontrava-se localizado na antiga Central Tejo, e que pretendia ser um conceito mais actual de museu. A sua ideia era servir como repositório do passado mas que também estivesse
voltado o presente e futuro da energia, tendo sido classificado como imóvel de
interesse público.
Com a revitalização
deste espaço, em junho de 2016, dá-se a extinção do Museu da Eletricidade para
dar lugar ao MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia – a que se junta
uma nova estrutura idealizada pelo atelier londrino Amanda Levete Architects
(AL_A). No seu todo, o MAAT ocupa, assim, uma área de 38 mil metros quadrados
na zona ribeirinha de Belém e se mantém sobre a alçada da Fundação EDP.
O MAAT acolhe uma
exposição permanente de ciência e electricidade, além de um variado programa de
exposições temporárias e pretende estar centrado na cultura contemporânea,
através da combinação de artes visuais e media, arquitectura e cidade,
tecnologia e ciência, sociedade e pensamento.
Acabamos
este roteiro no Parque das Nações, assim chamado hoje, onde foi acolhida a
Expo 98 e que antes disso era uma zona industrial degradada.
Sobre o
pretexto da Expo 98, foram construídos variadas infraestruturas e acessos, que
deram a esta zona nova cara que há muito se ansiava. Podemos destacar Gare do Oriente, o Pavilhão de Portugal, arquitectado por Álvaro
Siza Vieira, Pavilhão do Conhecimento, voltado para uma vertente mais de modernista
de interacção com a ciência e tecnologia, um teleférico, o Pavilhão
Atlântico, hoje chamado de MEO Arena, a mais importante sala de espectáculos do
país, a Torre Vasco da Gama, o
edifício mais alto do país e o Oceanário
de Lisboa.
Dada
a sua localização geográfica, o Parque dispõe também de uma marina, que apresenta
600 postos de amarração destinados a embarcações de recreio, assim como infraestruturas,
preparadas para receber grandes eventos náuticos, tendo para o efeito um cais
de eventos e uma ponte cais, que não serve apenas para embarcações de cruzeiro
ou históricas de grande porte mas como área de apoio para eventos em terra.
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