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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O que visitar no Alentejo?

Pensar em Alentejo é pensar em calmaria, paz, tranquilidade. Se vem a Portugal para relaxar, então a passagem pela região Alentejana é obrigatória!


Comecemos por Portalegre. Destacam-se, além das suas paisagens (e o triângulo turístico Portalegre-Marvão-Castelo de Vide), as vastas ofertas de Turismo Rural e Urbano, a sua gastronomia especial, os seus vinhos, azeites e ainda vários produtos regionais (os Rebuçados de Ovos, as Amêndoas de Portalegre, queijos e enchidos, etc.). 


Descemos um pouco e chegamos a Évora. Évora é testemunho de diversos estilos e correntes estéticas, sendo ao longo do tempo dotada de obras de arte. O seu centro histórico bem-preservado é um dos mais ricos em monumentos de Portugal, o que lhe vale o epíteto de Cidade-Museu. Em 1986, o centro histórico da cidade foi declarado Património Mundial pela UNESCO.


Ainda em direção a Sul, encontramos Beja. No castelo, nos museus, nas igrejas e nos conventos poderá perceber como se foi construindo esta cidade. Mas conhecer Beja é também deixar-se levar pelas ruas estreitas... Percorrê-las pisando as pedras da calçada, ser transportado no tempo e explorar um labirinto rico em vivências e valores históricos e patrimoniais. A cidade também abre portas a um vasto património natural, com paisagens de perder de vista.

Por fim, chegamos ao litoral alentejano. Um verdadeiro luxo em termos paisagísticos, com praias absolutamente maravilhosas e uma arquitetura tão característica que convidam à boa disposição, ao sorriso e ao sossego. De Tróia a Odemira, no Litoral Alentejano o turismo é já uma aposta segura. Entre a foz do Rio Sado e a Zambujeira do Mar, o litoral alentejano surpreende por ser uma área de costa tão bem preservada, com pequenos paraísos de sol e praia, gente amável e boa gastronomia.

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

À descoberta do surf, pesca e muito mais pela Ericeira


Apesar do verão caminhar para fim a passos bem largos, há sítios que por mais que a praia seja a sua principal atracção, têm mais para oferecer e mostrar. A Ericeira é um desses casos, fica tão perto e longe o suficiente da capital, perfeita para passar o fim-de-semana assim como umas férias.


 É vila piscatória do conselho de Mafra, como tal, a sua ligação ao mar é muito forte, dizem que a sua origem remonta ao tempo dos fenícios, acreditando-se assim que as suas ruas estreitas e sinuosas venham desses mesmos tempos, acompanhadas pelas suas falésias que se estendem por toda a costa da praia da Ericeira, ajudam a lhe dar uma beleza ímpar.

Diz a lenda que o nome Ericeira significa, "terra de ouriços", devido aos ouriços-do-mar que abundavam nas praias mas investigações recentes acreditam que a inspiração para o nome vem do ouriço-cacheiro e não o do mar, isto se deveu à descoberta de um exemplar do antigo brasão da vila, tendo mesmo o Arquivo-Museu da Misericórdia confirmado que o animal desenhado no brasão é realmente um ouriço-cacheiro, uma espécie que evoca a deusa fenícia Astarte, que serve também de prova para a tese que a vila é de origem fenícia.

Um dos episódios mais marcantes da história da vila é o embarque no porto da Ericeira, para o exílio, da Família Real Portuguesa, depois do regicídio que deu fim à Monarquia em Portugal.
























A sua ligação ao mar prolonga-se com os desportos náuticos, principalmente o surf, em outubro de 2011 tornou-se a 1ª e única, até hoje, Reserva Mundial do Surf da Europa e a 2ª do mundo pela “Save the Waves Coalition”. Os critérios que levaram a esse reconhecimento foram a qualidade e a consistência das ondas, a importante história e cultura de surf local, a riqueza e sensibilidade ambiental da área e a forte mobilização da comunidade.
 A Reserva estende-se entre as praias da Empa e de São Lourenço e concentra sete ondas de classe mundial em apenas 4 Km, são elas a Pedra Branca, Reef, Ribeira d’Ilhas, Cave, Crazy Left, Coxos e São Lourenço.
A mais conhecida, a praia de Ribeira d’Ilhas, situa-se num vale onde desagua uma ribeira, tendo a configuração de um anfiteatro natural, o que a torna ideal para a realização de eventos, não sendo por acaso que aqui se realizaram os primeiros campeonatos nacionais e internacionais de surf realizados em Portugal. A onda de Ribeira d`Ilhas é uma longa direita de pointbreak – ou seja, as ondas acompanham o contorno da costa- que recebe vários tipos de ondulações e funciona em todas as marés, sendo a onda mais consistente da região.
Este conjunto de características faz com que a Ericeira seja frequentada por praticantes de surf nacionais e internacionais, quem vêm à procura das melhores ondas.

Não nos podemos despedir da Ericeira sem visitar o Forte de São Pedro da Ericeira, também conhecido pelos nomes de Forte de Mil Regos, Forte de Milreu ou Forte da Ericeira, é dos únicos dos poucos fortes que restaram dos que foram erguidos na época da Restauração da Independência para defesa daquela parte do litoral. O seu objectivo principal era controlar o acesso marítimo à Ericeira por norte, ao mesmo tempo, que ajudava a prevenir as tentativas de desembarque na baía da praia de Ribeira de Ilhas. Hoje em dia permanecem apenas os espaços mais importantes: a bateria, formada por uma larga esplanada virada para o mar e a casa-forte, pelo voltada para terra.



O último monumento por onde vamos passar é o Forte de Nossa Senhora da Natividade. Erguido em 1706, durante o reinado de D.Pedro II de Portugal, este tinha como objectivo a defesa do porto de pesca e a praia dos Pescadores. Ao longo dos tempos foi passado por momentos de abandono e tentativas de recuperação mas só século XX, depois de uma campanha de recuperação impulsionada pela Junta de Turismo da Ericeira e pela Câmara Municipal de Mafra, o forte foi aberto ao público.





Não podemos deixar a Ericeira sem provar as óptimas iguarias muito ligadas ao mar como o mexilhão, lapas, percebes, ouriços, polvos, caranguejos, camarinha, cabozes e pequenos peixes juvenis, ou não estivéssemos nós em terra de pescadores e mariscadores.  

A Ericeira é sempre um óptimo destino, em família, com amigos ou num passeio romântico. Temos a certeza que nunca vai desiludir.
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