Mostrar mensagens com a etiqueta história. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta história. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Roteiro pelas lojas históricas de Lisboa

Andar às compras por Lisboa pode ser uma agradável experiência cultural, para isso basta passar por algumas das lojas históricas. Algumas delas já existem desde a época Pombalina ou até de anos anteriores. 


A autarquia Lisboeta em colaboração com a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa elegeram as 63 primeiras lojas, que pela sua preservação dos elementos patrimoniais, culturais e históricos, são as primeiras a serem classificadas no âmbito deste programa. Prevê-se ainda que até final do ano poderão ser acrescentadas mais lojas.
Hoje vamos contar-lhe um bocadinho da história de algumas das lojas. 
Quem diria que andar às compras também poderia ser um momento cultural?

A indústria conserveira é muito importante no nosso país e é das coisas que sabemos fazer melhor. 
A Conserveira de Lisboa, situada na baixa de Lisboa, mais precisamente na rua dos Bacalhoeiros, existe desde 1930 e na altura dava-se pelo nome de Mercearia do Minho, tendo-se dedicado desde logo às conservas, uma vez que um dos seus fundadores era armazenista deste tipo de produtos. Em 1942, passou a chamar-se pelo nome que hoje a conhecemos e ao longo dos anos viu algumas mudanças de sócios e sofreu com as reviravoltas da história, como o fim da guerra dos ultramar e a não remodelação das fábricas, a entrada dos congelados no mercado e chegado dos hipermercados. Porém, a Conserveira de Lisboa foi conseguido se manter graças à visão de criar marcas registadas próprias, como a Tricana, a Prata do Mar e a Minor.

A rua Garrett albergou durante mais de um século, uma das mais tradicionais ourivesarias. A Ourivesaria Aliança nasceu em 1909 como uma filial de uma ourivesaria portuense com o mesmo nome, onde se destacava a sua decoração ao estilo Luis XV e a fachada em ferro trabalhado que data de 1939, da autoria do arquiteto Oliveira Ferreira e o seu  teto na entrada decorado com uma tela da autoria de Alves Cardoso, tendo sofrido nos anos 40 obras de ampliação.
Depois do seu fecho em 2012, foi adquirida pela multinacional espanhola, Tous, vendedora de jóias e acessórios de moda, que se comprometeu a manter os traços originais da antiga Ourivesaria Aliança, assim hoje podemos admirar a antiga Aliança embelezada com as peças Tous.

Durante muitas décadas, a importância de vestir peças de qualidade sobrepôs-se ao ter peças em quantidade. Ao saber disso, Joaquim Rodrigues um conhecedor dos hábitos dos lisboetas, fundou em 1925 a Luvaria Ulisses, onde idealizou um estabelecimento que fosse uma referência na cidade. Instalado no Chiado, mais precisamente na rua do Carmo, a zona mais nobre do comércio Lisboeta, a loja foi idealizada para servir a sociedade mais exigente da época, vendendo um produto de alta qualidade de design próprio, que deu resultado na criação de uma oficina destinada à manufatura das luvas que comercializava, conseguindo assim controlar o mais possível a qualidade das matérias-primas e do processo de fabricação.
A decoração da loja, que até hoje permanece praticamente intacta, é constituída por móveis de inspiração império, que combinam com a fachada neoclássica.
A Luvaria Ulisses é hoje a última casa em Portugal com venda exclusiva de luvas, que desde do início teve como clientes a elite política, cultural e artística da cidade.

Antes de nos podermos deliciar com os Pastéis de Belém na muito conhecida loja dos “Pastéis de Belém”, no início do século XIX, em Belém, funcionava uma refinação de cana-de-açúcar associada a um pequeno espaço de comércio.
Depois da revolução Liberal de 1820, todos os conventos e mosteiros de Portugal são encerrados, sendo expulsos todos os elementos do clero e os seus trabalhadores. Como forma de conseguirem sobreviver, alguém ligado ao Mosteiro dos Jerónimos põe à venda naquela loja uns pastéis que rapidamente ganharam fama.
Por aquela época, Belém ficava distante dos restantes centros da vida social de Lisboa e os seus acessos eram assegurados apenas por barcos a vapor, mas ainda assim o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, conseguiam atrair visitantes que depressa se acostumaram a saborear os Pastéis de Belém.
Em 1837, inicia-se de forma mais “profissional” o fabrico dos Pastéis de Belém, nas instalações anexas à outrora refinaria de cana-de-açúcar, respeitando a receita original trazida do Mosteiro dos Jerónimos. Ao longo dos tempos foi apenas transmitida aos mestres pasteleiros que a fabricam de forma artesanal, fazendo com que até hoje a receita se mantenha igual.




Tudo começou quando a D.Carlota sentava-se a fazer bonecas de trapos à porta de uma loja de ervas secas, na Praça da Figueira, perto do Chiado, e ia consertando as bonecas das crianças da vizinhança. Daí nasceu o Hospital das Bonecas em 1830 e hoje é considerado o “hospital” mais antigo do mundo.
O Hospital é composto por uma loja que ocupa o piso de baixo, onde são vendidos brinquedos em primeira mão e em bom estado e no primeiro andar funciona o hospital e um espaço de exposição, no total são 12 assoalhadas com enriquecidas pelas histórias das centenas de bonecas.
Ao longo dos anos foi recebendo distinções, entre elas, foi considerada uma das lojas mais fantásticas do mundo em 2014 pelo Buzz Feed e eleita como a quarta melhor loja de bonecas do mundo, pela revista Reader’s Digest do Canadá.

Foto: Hospital de Bonecas 

Ficou ainda mais curioso por conhecer Lisboa? Com a Best time pode construir o seu tour entre em http://www.besttimetour.com/crieoseutour/ e fique a saber mais.



















quinta-feira, 26 de março de 2015

Algumas curiosidades sobre a chegada da família real portuguesa ao Brasil – Parte II


Quando os Brasileiros souberam da notícia do desembarque da família real portuguesa, iniciaram uma festa que só terminou do dia seguinte. Naquela noite ninguém dormiu. As festas da chegada da família real portuguesa foram prolongadas durante 9 dias e 9 noites.

Durante os 54 dias de viagem até ao Brasil, a nau de Afonso de Albuquerque, além de sofrer com a falta de alimentos e de água, passou por um surto de piolhos. Todas as perucas dos nobres foram lançadas ao mar, e todos os tripulantes desta nau, inclusive Carlota Joaquina, tiveram de rapar e untar as suas cabeças com banha de porco.

Quando as mulheres portuguesas chegaram ao Brasil com as suas cabeças rapadas, usando turbantes, as brasileiras pensaram que era a última moda na Europa e, então, raparam, também, as suas cabeças.
Com medo de encarar um povo desconhecido e, como a nau ainda não havia chegado ao Rio de Janeiro, os tripulantes da nau Princesa do Brasil (entre eles as duas irmãs da rainha D. Maria I, já muito velhas) não desembarcaram e permaneceram no navio durante 30 dias à espera de D. João.

Quando a família real chegou ao Rio de Janeiro não encontrou número suficiente de alojamentos disponíveis para abrigar as 15 mil pessoas que vieram de Portugal. O príncipe regente decretou, então, que as melhores casas da cidade fossem cedidas àqueles que não possuíam casa ainda. A casa que fosse solicitada seria carimbada na porta com as iniciais PR (Príncipe Regente), mas que pelo povo ficaram conhecidas como “ponha-se na rua”.

A Real Biblioteca portuguesa, antes da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, possuía um incrível acervo com cerca de 60.000 volumes. Era vinte vezes maior do que o da Biblioteca Thomas Jefferson em Washington que é, hoje, a maior biblioteca do mundo.


Contudo, todo este acervo foi esquecido no porto de Lisboa, no momento da “fuga” para o Brasil, mas parte deste, dois anos depois, seria enviada para o Rio de Janeiro.

Venha descobrir mais sobre o que a história de Portugal e do Brasil tem em comum. Faça o seu tour em Portugal com a Best Time Tour.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...