As aldeias históricas têm
conservado nas suas paredes de xisto ou granito, as suas histórias e tradições,
continuando ao longo dos anos a deslumbrar quem por ali passa, com as suas
paisagens, com o seu património e com as suas gentes.
No alto das serras erguem-se
castelos medievais, que em tempos serviam para proteger o território
portugues dos invasores. Hoje, em alguns só permananecem ruínas mas ainda
assim ajudam a construir a beleza de cada aldeia.
A descoberta que lhe propomos hoje é a algumas das
aldeias que mais deixam os portugueses orgulhos.
É considerada a Aldeia Mais Portuguesa de Portugal e
tornou-se Aldeia Histórica em 1995, Monsanto, é um dos ícones turísticos
das Terras da Idanha.
Acredita-se
que as suas origens possam ser bem antigas, talvez do tempo do paleolítico, dos
romanos, dos visigodos ou dos árabes.
Em 1165, D.Afonso Henriques e as suas tropas derrotam os
mouros e conquistam assim o lugar de Monsanto mas acaba por o doar à
Ordem dos Templários que mandou edificar o Castelo
para defesa do território. Construído no alto de uma escarpa, no Castelo
observar a alcáçova, a cintura de muralhas e torres de vigia, bem como as ruínas
da Capela de S. Miguel do séc. XII, e a Capela de Santa Maria do Castelo.
Monsanto
também outros interesses para além do Castelo, como é caso da Capela de S.
Pedro de Vir-à-Corça ou Ver-a-Corça, datada séc. XIII, que foi considerado Imóvel
de Interesse Público, situada na base do monte nos arredores da povoação, é um
templo de construção românica de paredes graníticas onde se destaca uma
rosácea. Outro Imóvel de Interesse Público é a Estação Arqueológica romana de
São Lourenço que presumivelmente foi em outros tempos a uma vila romana que
integrava um complexo termal.
Sortelha é
considerada uma das mais belas, antigas e mais bem conservadas vilas
portuguesas, e manteve ao longo destes anos toda a sua fisionomia urbana e
arquitetónica. As suas características arquitetónicas devem-se às necessidades
defensivas e de organização militar, contudo a população preferiu
instalar-se mais nos subúrbios onde a terra era mais fértil e menos acidentada,
e com isto o espaço no interior do castelo não sofreu as alterações necessárias
para que a população o habitasse.
Passear pelas suas ruas possibilita aos visitantes
recuarem no tempo e apreciarem toda a envolvência medieval, o que contribuí
muito para o encanto desta aldeia, a que se junta as suas pequenas casas feitas
em pedra de granito que acompanham o acidentado do terreno
Ao redor de Sortelha podemos apreciar uma paisagem de beleza rude pautada de grandes pedras de granito e de matas de castanheiros que as acompanham.
Ao redor de Sortelha podemos apreciar uma paisagem de beleza rude pautada de grandes pedras de granito e de matas de castanheiros que as acompanham.
Uma
das características principais das Aldeias Históricas é sem dúvida as suas
caraterísticas medievais e Castelo Rodrigo não foge à regra, ao que se
junta a natureza que a envolve. Mas não é só o castelo que a embeleza, a aldeia tem
outros monumentos a serem visitados com as
ruínas do palácio de Cristóvão de Moura, o Pelourinho quinhentista, a igreja
matriz ou a cisterna medieval.
A história conta-nos que a fundação de Castelo Rodrigo está
ligada aos Túrdulos, por volta de 500 a.C., que depois foi mantida como
território romano, mas pesquisas recentes dizem que pode vir dos suevos os dos
visigodos mas há certezas, contudo existem vestígios dos muçulmanos subsiste uma cisterna com porta em arco de ferradura, na atual Rua da Cadeia.
A
aldeia foi conquistada aos Árabes no séc. XI e foi elevada a concelho por
Afonso IX, integrando definitivamente o território português a 12 de Setembro
de 1297, pelo Tratado de Alcanizes - assinado por D. Dinis, que mandou repovoar
e reconstruir o Castelo.
O Piodão é conhecido como a aldeia em forma
de presépio de xisto, com as casas em redor dos socalcos de
grande consistência formal, arquitetónica e estética, sendo a sua principal característica a sua disposição em
anfiteatro, e preenchida por ruas
sinuosas e estreitas, que escondem histórias em cada canto. Localiza-se na
Serra do Açôr e é considerada Imóvel de Interesse Público.
Na
época medieval, ali perto se formou um pequeno povoado a que foi dado o nome de "Casas Piódam", população atraída pelas nascentes que regavam os campos onde os
pastores podiam alimentar os seus rebanhos
Em
1527, foi feito o primeiro recenseamento populacional
nacional e Piódão aparece inserido na vila de Avô, como "casall do
piodão" com dois moradores. Mais tarde passou a integrar a freguesia de
Aldeia das Dez, da qual é desanexado em 1676. Já em 1855, passa a fazer parte
do concelho de Arganil, quando o concelho de Avô é extinto.
Nos finais do séc. XIX, o Cónego Manuel Fernandes Nogueira funda um Colégio no Piódão, que funcionou entre 1886 e 1906, e que aqui juntou muitos jovens, criando um pólo cultural de grande importância para a região. Até aos dias de hoje as atividades agrícolas e pastorícia continuam o principal modo de vida dos habitantes do Piódão e são encaradas essencialmente como forma de subsistência e sobrevivência.
Nos finais do séc. XIX, o Cónego Manuel Fernandes Nogueira funda um Colégio no Piódão, que funcionou entre 1886 e 1906, e que aqui juntou muitos jovens, criando um pólo cultural de grande importância para a região. Até aos dias de hoje as atividades agrícolas e pastorícia continuam o principal modo de vida dos habitantes do Piódão e são encaradas essencialmente como forma de subsistência e sobrevivência.
Foto: Luis Ascenso
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